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A moda, a sustentabilidade, a reputação e o lucro - Com mais de 20 anos de atuação no mercado da Comunicação e no atendimento a clientes de todo o país, a Camejo Estratégias em Comunicação põe a serviço de cada cliente a experiência, o conhecimento técnico, os relacionamentos e a credibilidade, além de muita ousadia para buscar os melhores resultados.  A moda, a sustentabilidade, a reputação e o lucro - Com mais de 20 anos de atuação no mercado da Comunicação e no atendimento a clientes de todo o país, a Camejo Estratégias em Comunicação põe a serviço de cada cliente a experiência, o conhecimento técnico, os relacionamentos e a credibilidade, além de muita ousadia para buscar os melhores resultados.  A moda, a sustentabilidade, a reputação e o lucro - Com mais de 20 anos de atuação no mercado da Comunicação e no atendimento a clientes de todo o país, a Camejo Estratégias em Comunicação põe a serviço de cada cliente a experiência, o conhecimento técnico, os relacionamentos e a credibilidade, além de muita ousadia para buscar os melhores resultados.

2024

A moda, a sustentabilidade, a reputação e o lucro


Eliana Camejo, CEO & Founder

A moda, a sustentabilidade, a reputação e o lucro - Com mais de 20 anos de atuação no mercado da Comunicação e no atendimento a clientes de todo o país, a Camejo Estratégias em Comunicação põe a serviço de cada cliente a experiência, o conhecimento técnico, os relacionamentos e a credibilidade, além de muita ousadia para buscar os melhores resultados.

A indústria da moda, conhecida por seu dinamismo e inovação, carrega também um impactante rastro ambiental. A produção de uma simples calça jeans, que consome milhares de galões de água, destaca-se como apenas um dos muitos exemplos do seu pesado ônus ambiental. Nós, especialmente as mulheres, cultivamos uma relação intensa com a moda, mantendo guarda-roupas repletos de peças que raramente nos desfazemos. Convido você a refletir sobre como podemos evoluir para práticas mais sustentáveis. Isso significa fechar lojas de vestuário ou parar de produzir peças em jeans, por exemplo? Claro que não. O equilíbrio e o bom senso são fundamentais nessa jornada. Vamos explorar alguns dados juntos.

Nos últimos 15 anos, observamos um aumento de 60% no volume de consumo de vestuário, enquanto a durabilidade das peças foi reduzida pela metade. Este aumento alarmante não apenas evidencia nossa insaciável busca por novidades, mas também coloca em questão a sustentabilidade das práticas produtivas na moda. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), o setor de vestuário é um dos principais poluidores globais, marcando sua presença com significativas emissões de dióxido de carbono.

Além do impacto nas emissões de carbono, a indústria da moda consome vastas quantidades de um recurso já escasso: a água. A fabricação de uma única camiseta de algodão pode demandar cerca de 2.700 litros de água, equivalente ao consumo diário de uma pessoa por quase três anos. Sim, é verdade. Isso ocorre devido ao cultivo intensivo de água do algodão, processos de limpeza e tingimento que exigem grandes volumes, e o refinamento do tecido. Os dados foram revelados através de relatórios da  Water Footprint Network e pela World Wildlife Fund (WWF). Essas organizações realizam estudos que analisam o impacto ambiental do cultivo de algodão, incluindo o uso intensivo de água.

Mas ainda temos a problemática das microfibras – pequenas partículas de tecido que se desprendem durante a lavagem das roupas e representam uma crescente ameaça aos ecossistemas aquáticos. Essas partículas, invisíveis a olho nu, podem atravessar as estações de tratamento de água e chegar aos oceanos, afetando diretamente a vida marinha e, por consequência, a saúde humana.

Esses dados chocantes nos convocam a uma urgente reflexão sobre o atual modelo de consumo. Como profissional dedicada à gestão da reputação de executivos e corporações, enfatizo a importância de alinhar nossas práticas com a sustentabilidade. Essa abordagem não só molda uma reputação pessoal e corporativa robusta, mas também nos desafia a repensar e ajustar nossas escolhas para um futuro mais sustentável.

Este é o momento de liderar pelo exemplo, adotando e promovendo práticas que não apenas reduzam o impacto ambiental, mas também pavimentem o caminho para uma indústria da moda genuinamente sustentável. Mudanças simples, como optar por peças de maior durabilidade ou preferir marcas que adotem práticas de produção éticas e ecológicas, podem marcar o início desta transformação.

Grandes empresas do setor já estão se movimentando em direção à #sustentabilidade, em resposta às crescentes demandas dos consumidores por práticas ambientalmente responsáveis. A adidas, por exemplo, destaca-se pelo compromisso com a sustentabilidade, especialmente através de sua parceria com a Parley for the Oceans, desenvolvendo tênis e roupas esportivas a partir de plásticos reciclados. A Patagonia utiliza materiais reciclados e orgânicos, além de promover a reparação de equipamentos, enquanto a H&M Group, através de sua coleção Conscious, foca em materiais sustentáveis e lança programas de reciclagem de roupas. @StellaMcCartney, por sua vez, inova com materiais eco-friendly como couro vegano, e a Levis’Store reduz o uso de água na produção de seus jeans com o programa Water<Less.

Continuando o panorama de transformação no setor da moda, não podemos deixar de destacar iniciativas significativas por parte de gigantes do varejo, incluindo a brasileira Lojas Renner S.A. e a globalmente reconhecida ZARA SA. A Renner, por exemplo, tem se destacado pela criação de coleções que utilizam materiais mais sustentáveis, como o algodão reciclado e o poliéster derivado de garrafas PET. Além disso, a Renner implementou um ambicioso programa de logística reversa, incentivando os consumidores a devolverem peças usadas nas lojas, que são então encaminhadas para reciclagem ou doação.

Estas iniciativas evidenciam que a moda, a sustentabilidade, o lucro e a reputação podem, sim, andar de mãos dadas. Liderando com responsabilidade e inovação, estas empresas estão abrindo caminho para um futuro mais verde no universo da moda. E nós consumidores vamos dar o primeiro passo?