2024
A desconexão fatal
Eliana Camejo, CEO & Founder
Já se perguntou como uma única palavra pode alterar o curso de uma carreira ou da sua empresa?No ambiente corporativo atual, líderes e executivos encontram-se sob um microscópio. Suas ações, palavras e até postagens nas redes sociais são analisadas e interpretadas, não apenas por seus méritos, mas também pelos valores que transmitem. Isso nos leva a ponderar profundamente sobre o impacto das nossas manifestações sejam elas públicas ou de forma privada.
Os discursos discriminatórios inconscientes, comentários ou gestos feitos sem a intenção de prejudicar, mas que perpetuam estereótipos e preconceitos, são perigosos e até fatais. Eles podem surgir em qualquer nível da organização e causar um dano significativo à reputação corporativa. Esse dano ocorre devido à discrepância entre os valores proclamados pela empresa e as ações reais de seus membros. Por isso, é crucial que todos na organização, não apenas os executivos, estejam cientes do impacto de suas palavras e ações. Exemplos marcantes incluem o caso de um CEO de uma grande corporação que, ao tentar elogiar sua equipe diversa, acabou reforçando estereótipos de gênero. Esse equívoco não apenas custou-lhe o emprego mas também prejudicou a imagem e as finanças da empresa, resultando em uma queda significativa nas vendas de produtos associados à marca.
Incidentes como esse não só prejudicam a reputação individual, mas também questionam a autenticidade dos valores corporativos, refletindo negativamente até mesmo nos resultados financeiros, pois os consumidores se afastam de empresas associadas a deslizes comportamentais. Isso é amplificado na era digital, onde tudo é rapidamente compartilhado e analisado. Por isso, a comunicação não violenta surge como uma ferramenta poderosa para líderes e executivos. Ao promover uma comunicação empática e atenta, vamos evitar mal-entendidos e construir um ambiente mais inclusivo e respeitoso.
Alinhar os valores pessoais e corporativos é fundamental neste processo. Desalinhamentos entre o que se diz e o que se faz podem resultar em percepções negativas, prejudicando tanto a reputação individual do executivo quanto a da empresa.
A era da transparência e da responsabilidade corporativa exige mais do que apenas a habilidade de liderar com eficácia; exige a capacidade de comunicar com consciência, empatia e integridade. Este é o caminho para construir e manter uma reputação sólida tanto para os indivíduos quanto para as organizações que lideram. Nosso entendimento profundo sobre a importância da comunicação não violenta e do combate aos discursos discriminatórios inconscientes está nossa expertise em moldar líderes que não apenas alcançam o sucesso, mas também promovem uma mudança positiva na cultura corporativa e na sociedade.