2020
Colégio Santa Inês completa 74 anos
Foi um começo difícil, de muita luta e esperança, em vista de uma nova obra voltada, para a educação de crianças e de jovens. Em março de 1946, as Irmãs Escolares de Nossa Senhora foram chamadas pelo Pároco da Igreja São Sebastião, Padre Reinaldo Alfredo Ody, para um trabalho educativo na Escola Paroquial São Sebastião, situada num antigo cinema, no Bairro Petrópolis.A iniciativa respondia à crença e à missão da fundadora da Congregação, Madre Teresa de Jesus Gerhardinger dizia: “precisamos dar às crianças não apenas a cultura exterior, que lhes permita brilhar no mundo, mas,principalmente, torná-las membros eficientes da sociedade e verdadeiros cristãos”. Na ocasião, a Irmã Maria Michaelis Back assumiu como diretora, formando comunidade com outras colegas Irmãs, que vieram como missionárias da Alemanha. Assim iniciou a missão de educar, com 73 crianças. As pioneiras, jovens missionárias da Alemanha, permaneceram por pouco tempo na escola, algumas voltaram ao seu país.Em 09 de setembro de 1946, surgiu o Instituto Santa Inês.
Em 1948, a jovem Laura Arns, mais tarde chamada de Irmã Maria Helena Arns, assumiu a direção do então Instituto Santa Inês e, com ela, a Madre Maria Hilda Krzypczyk, Ir. Maria Edite Back, postulante à vida religiosa e Maria Mathilde Meurer. Aos poucos transformações foram acontecendo e, em 1954, foi fundado o Ginásio Santa Inês que, em 1961, passou a se chamar Colégio Santa Inês. Muitas foram as mudanças em função das legislações e das necessidades da comunidade do Bairro Petrópolis.
A pobreza era a fiel companheira das Irmãs, que assumiram esse grande desafio de estar à frente de uma escola, com recursos escassos, pouca formação e necessidades de toda ordem. Dizia a nossa Fundadora, Maria Teresa de Jesus: “Onde não há mais auxílio humano, a ajuda de Deus sempre ainda é possível”. Em seguida, com auxílio financeiro das Irmãs Escolares de Nossa Senhora, dos Estados Unidos, foi comprada uma sede própria, na Avenida Protásio Alves, 2493, chamada de Chácara das Camélias, no final da linha do Bonde.
Em 1964, a Irmã Sônia Haydê Randazzo assumiu a Direção do Curso Primário. Era o momento de dividir responsabilidades, pois a escola crescia. Junto com as atividades escolares, as Irmãs também coordenavam a liturgia e a Catequese na Igreja São Sebastião. Gradativamente, o Colégio Santa Inês foi crescendo em todos os sentidos: em tamanho, qualidade, desafios pedagógicos a fim de desenvolver uma educação integral e ser vanguarda na área educativa como a fundadora preconizava; pois fazia parte do carisma um olhar especial para a formação da mulher e das meninas; pois já naquela época ela acreditava, firmemente, que a mulher tinha grande influência na formação das novas gerações. Nosso propósito educacional, ainda hoje é formar cidadãos autônomos, empreendedores comprometidos com a transformação da sociedade. Para isso, os ambientes foram sendo ampliados e modernizados, a tecnologia passou a ser integrada à educação. As crianças e jovens passaram a serem vistos como cidadãos globais, necessitando introduzir uma educação Bilíngue, para dar mais possibilidades de vivências internacionais e interculturais.
Hoje, aos 74 anos de uma história de sucesso e desafios, não perdemos a nossa simplicidade, mas ampliamos as possibilidades, em uma ambiente interativo, cuja necessidade é de ensinar aprender a aprender,desenvolvendo protagonismo estudantil, a responsabilidade social, arraigado nos valores cristãos e com cuidado extremo, para que as pessoas aprendam a gerir suas emoções, desenvolvendo habilidades socioemocionais. O grande chamado atual é de buscar novas formas para o conhecimento,a fim de dar respostas às necessidade das pessoas e dos desafios do mundo, que requerem novas interações com o conhecimento; o que exige um novo perfil dos educadores, isto é, mestres capazes de interagir, escutar e de conduzir o processo, pelos desafios da problematização, conduzindo o estudante à busca constante.
“Para isto existem as escolas: não para ensinar as respostas, mas para ensinar as perguntas. As respostas nos permitem andar sobre a terra firme. Mas somente as perguntas nos permitem entrar pelo mar desconhecido.” Rubem Alves