2024
OPINÃO | Inteligência artificial no Direito
Por Bruna Alice Strahl, advogada do Jobim Advogados e pós-graduanda em Direito Digital, Cibersegurança e Inteligência Artificial
A inteligência artificial (IA) está transformando diversos setores, e o Direito não é exceção. Essa tecnologia promete revolucionar a prática jurídica, oferecendo soluções inovadoras para desafios complexos. No Brasil, a IA já está sendo aplicada, no campo jurídico, ajuda como a Ross Intelligence demonstra o potencial da IA para realizar tarefas como a análise de seleção.
A IA pode trazer benefícios ao meio jurídico, auxiliando na análise de grandes volumes de textos legais, identificando padrões e extraindo informações relevantes de forma rápida e precisa . Além disso, a IA pode tornar a busca por algo mais eficiente e democratizante do acesso à justiça, por meio de iniciativas como chatbots que fornecem orientação jurídica básica.
Um exemplo recente é o sistema VigIA do Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC), que utiliza IA para identificar irregularidades em editais antes da publicação. O sistema já detectou problemas em diversos editais, impactando positivamente a segurança e a justiça em áreas como o transporte escolar.
Apesar dos desafios inerentes à sua implementação, a inteligência artificial apresenta um potencial significativo para melhorar processos, incrementar a eficiência e democratizar o acesso à justiça.
No entanto, a integração da IA no setor jurídico também apresenta desafios, como a complexidade e a opacidade dos algoritmos, o risco de vieses e discriminações, e a questão da responsabilidade legal em caso de erros ou falhas. A visão algorítmica e a responsabilidade legal são questões cruciais que precisam ser abordadas para garantir uma implementação justa e responsável da IA.
Apesar dos desafios inerentes à sua implementação, a inteligência artificial apresenta um potencial significativo para melhorar processos, incrementar a eficiência e democratizar o acesso à justiça. Ao integrarmos a IA em nossas práticas, é imperativo reafirmarmos nosso compromisso inabalável com os pilares do Direito, buscando sempre o equilíbrio entre o potencial disruptivo da tecnologia e a preservação da dignidade humana e dos direitos fundamentais.